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"Quem és tu, então?"


Hoje, O Senhor nos convida a olhar-lhe antecipadamente redimindo-nos desde a Cruz. Então pretender um Evangelho sem Cruz, despojado do sentido cristão da mortificação, ou contagiado do ambiente pagão que nos impede entender o valor redentor do sofrimento, colocaria-nos na terrível possibilidade de ouvir dos lábios de Cristo: «Depois de tudo, para que seguir falando-vos?».

«Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘Eu Sou’». Esta elevação faz alusão à morte na cruz, mas também faz alusão ao retorno à glória do Pai. A morte será para Ele uma passagem, um retorno à sua terra natal, ao mundo de cima, ao mundo do Pai. Jesus era o enviado do Pai. Como tal, ele não fez nada de si mesmo, mas todas as suas ações eram reflexos do que ele tinha visto do Pai.


É por isso que ele pode dizer que `Eu sou`: ele compartilha a divindade do Pai. Ele é Deus. É por isso que ele também é o único Salvador: é apenas acreditando nele que se pode salvar. Se não cremos que Ele é, morreremos pelos nossos pecados. Viveremos, no entanto, e viveremos já nesta terra vida de céu se aprendemos Dele a gozosa certeza de que o Pai está conosco, não nos deixa sozinhos.

Que o nosso olhar contemplativo à Cruz seja uma pergunta ao Crucificado, em que sem o ruído de palavras lhe digamos: «Quem és tu, então?». Ele nos responderá que «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida», a Videira à qual sem estar unidos, nós, pobres ramos, não poderemos dar fruto.

Deus abençoe você!


Pe. Richard Gerard, CS

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