top of page

Pe. Claudio Ambrozio, CS

 

pároco

Padre Claudio Ambrozio, CS

Catarinense de Celso Ramos, Claudio nasceu em 27 de janeiro de 1942. A vivência religiosa da família logo despertou interesse do menino, que cultivava consigo valores morais e éticos que foram marcando seu caráter.

Claudio foi só o primeiro filho. José e Luiza tiveram, ao todo, dez. Formaram uma família numerosa, com base nos princípios cristãos e a vivência em comunidade.

Por ser o mais velho, o menino logo começou a trabalhar na serraria, junto com o pai, na fabricação de cabos de vassoura. Mas um dos momentos que mais o fazia feliz era a visita dos padres, um acontecimento marcante que ocorria de dois em dois meses. Foi nesta realidade que surgiu a vocação do Pe. Claudio Ambrozio, missionário Scalabriniano.

 

O despertar da vocação

“Para mim o sacerdote trazia felicidade, pois vivíamos um dia diferente, e com esta imagem Deus foi me preparando para a vocação sacerdotal”, conta Pe. Claudio.

Em 27 de janeiro de 1954, aos 12 anos de idade, partiu para o Seminário de São Carlos. A ida não foi fácil para a família, pois ele era muito amado e ainda não tinha irmãos homens, e com seu trabalho na serraria já colaborava um pouco nas despesas da família. No entanto, o chamado de Deus falou mais alto e seus pais o abençoaram.

Aprofundou sua vocação sacerdotal em 1960, na Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos). Essa decisão se deu inicialmente pela afinidade que tinha com os padres da paróquia, mas havia algo mais profundo: a vivência da migração da família.

“Meus bisavós saíram da Itália para estabelecer-se no litoral catarinense. Meus avós saíram do litoral e foram para a serra catarinense. Meus pais migraram de Santa Catarina para Pato Branco – Paraná. Por tal motivo, aos poucos, senti que o carisma da Congregação coincidia com a experiência de minha família e hoje me sinto profundamente identificado com a Congregação”, conta.

 

Estudos em Roma

Na época, a Congregação selecionava e enviava alguns seminaristas para Roma para que realizassem os estudos nas universidades pontifícias. Isso lhes permitia aprofundar melhor os conhecimentos e, ao mesmo tempo, proporcionava-lhes a oportunidade de viver em um ambiente pluricultural, o que os preparava melhor para o trabalho entre os migrantes.

Um dia, o reitor, Padre Secondo Guerrino Zago, passando pelo refeitório, ficou observando Claudio e decidiu indicá-lo para que fosse concluir seus estudos em Roma.

Ingressou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, concluindo o curso de Filosofia em julho de 1963, com defesa de tese para licença em Filosofia, recebendo “summa cum laude”, a nota máxima que a Universidade concede, sendo condecorado com medalha de ouro.

Aos 18 de abril de 1967, foi ordenado diácono, era o último ano do curso de teologia. Em junho do mesmo ano, concluiu com defesa de tese para licença em Teologia, destacando-se novamente nos primeiros lugares da turma concluinte.

No dia 23 de dezembro de 1967, aos 25 anos de idade, o diácono Claudio Ambrozio foi ordenado sacerdote pelo Mons. Giovanni Caustri, na primeira catedral do mundo, Catedral de São João de Latrão, em Roma, na Itália.

Sua primeira missa foi celebrada na Noite de Natal, 24 de dezembro de 1967, em Torraccia, bairro de Roma, que na época era uma favela onde moravam pessoas muito pobres, vindas do sul da Itália.

Em julho de 1968, Pe. Claudio veio passar as férias no Brasil, junto com a família, em Pato Branco. Era imensa a alegria de seus pais e de toda a família, vizinhança e amigos em revê-lo, depois de seis anos passados em Roma.

A preparação para a celebração da primeira missa no Brasil foi um verdadeiro trabalho comunitário. Todos queriam fazer algo e, principalmente, participar da missa que o agora Padre Cláudio iria celebrar. A celebração ocorreu no dia 28 de julho de 1968, na Matriz São Pedro Apóstolo, de Pato Branco.

 

Primeiras missões

Por doze anos (1968 a 1980), exerceu importantes funções na Argentina. Sua atuação na Direção Provincial da Argentina e na Direção Geral foram relevantes, uma vez que conseguiu dar impulso à tarefa de transformação da congregação, pois ela era fundamentalmente italiana, e hoje é internacional. Na época, teve contato próximo com o jesuíta Pe. Jorge Bergoglio, mais tarde arcebispo de Buenos Aires e, atualmente, Sumo Pontífice, Papa Francisco.

No período de 1980 a 1986, foi eleito Conselheiro Geral da Congregação e, nestes seis anos, conheceu mais de perto as atividades que os missionários scalabrinianos realizavam no mundo. Intensificou a presença em nações de origem dos imigrantes, como em Portugal, Colômbia, México e Filipinas.

Em 1988, voltou ao Brasil, e logo foi nomeado para exercer o seu ministério sacerdotal na Paróquia N. Sra. da Paz, em São Paulo, e no ano seguinte, até 1996, assume a Coordenação do Projeto N. Sra. da Paz.

Com seu acompanhamento e ensinamento, toda comunidade teve a oportunidade de se aprofundar na fé, desenvolver o espírito de ajuda mútua, aflorando a fraternidade e a união entre os seus membros.

Em 1998, foi nomeado Pároco da Paróquia Santa Cecília e São Pio X, em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 2004. Constituiu quarenta e seis grupos, entre movimentos e pastorais, todos bem estruturados.

Em março de 2004 foi chamado para trabalhar na Paróquia Bom Jesus dos Migrantes, em Sobradinho, no Distrito Federal. Uma paróquia grande, com diversas pastorais, grupos, movimentos e comunidades, porém caminhando como grupos isolados. Pe. Claudio, então, convidou, escutou, conheceu, deixou caminhar, lançou desafios, e, aos poucos, foi conhecendo suas ovelhas; e com toda sua experiência, sempre acolhedor, bem-humorado e sorridente, foi despertando em todos a Boa Nova de forma pedagógica, simples e direta.

 

Santa Felicidade

No final do ano de 2012, com a transferência do Pe. Armelindo Costa, foi nomeado pároco da Paróquia São José de Santa Felicidade, em Curitiba. Tomou posse no dia 02 de fevereiro de 2013, Festa da Apresentação do Senhor.

Ao longo de sua missão como pároco, iniciou novas iniciativas pastorais na Paróquia e na sociedade civil do bairro, bem como oficializou o pedido junto ao Arcebispo para que Santa Felicidade fosse declarada co-padroeira. Além disso, destaca-se a elaboração do projeto da primeira restauração completa da Igreja Matriz, iniciada nos últimos anos de sua missão na comunidade.

Em agosto de 2020, após mais de 08 anos como pároco da Paróquia São José e Santa Felicidade, passou a residir no Recanto Scalabrini, em Jundiaí/SP.

Abaixo, assista ao documentário produzido na comemoração do Jubileu de Ouro Sacerdotal, em dezembro de 2017.

bottom of page