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Homilia - 27/03/2020



Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a confusão que surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo.

Por ocasião da Festa das Tendas, Jesus espera que seus irmãos vão à festa para ir em segredo. Apesar do perigo que enfrenta, Jesus entra no coração do território hostil: ele sobe à Judeia, depois a Jerusalém e ao Templo. As pessoas ficam surpresas em vê-lo à solta porque sabem que as autoridades querem matá-lo. Eles não acham que ele poderia ter sido reconhecido pelo Messias porque sabemos de onde ele vem. Além disso, Ele não corresponde à imagem de “Messias” em que tinham sido instruídos.

Eles vêem Jesus como apenas um homem comum. Não podem ver o mistério de sua divindade porque não conhecem o Pai. Eles olham, mas não vêem. Os sinais da presença de Deus, os gestos de Seu amor estão diante deles, mas são cegos.

Cristo mostra ao povo de Jerusalém que seu conhecimento é insuficiente. Eles sabem no sentido de que sabemos algo sobre alguém: o lugar de sua origem, sua família, sua profissão... mas não no sentido de que conhecemos alguém, que nós o conhecemos e que uma relação se formou entre nós. É esse conhecimento mais profundo que eles não têm. É ela quem revela a verdadeira origem de Jesus. Ela também apoia e guia Cristo em sua missão.

Ele conhece o Pai. Ele conhece o seu amor, mas eles não o conhecem. Ele sabe que está em suas mãos. É por isso que ele está pronto para enfrentar hostilidades e ameaças. Desta vez, "ninguém colocou as mãos nele porque sua hora ainda não tinha chegado." Quando sua hora chegar, ele não hesitará em enfrentar o sofrimento e a morte porque sabe que está indo para seu Pai (cf. Jn 13:1).

Hoje, em um momento de insegurança ou dificuldade por causa da doença do Covid-19, paro e renovo minha fé: estou nas mãos de Deus.

Deus abençoe você!


Pe. Richard Gerard, CS

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